Pastoral
Projecto Pastoral do Turismo da Diocese do Algarve
Esta Diocese, localizada no extremo sul de Portugal e com fronteiras geográficas perfeitamente delimitadas a Sul e Poente pelo Oceano Atlântico, a Norte pelas Serra do Caldeirão, Monchique e Espinhaço de Cão e a Nascente pelo Rio Guadiana, o Algarve, integrando Portugal, sempre se assumiu como uma parte diferente do resto do País.
De facto, uma série de eventos, naturais ou humanos, foram impondo esta característica de alguma “independência”. Desde logo, o facto de ter sido a última porção do território a ser reconquistado para a cristandade, ou as suas naturais fronteiras geográficas, para além de ter sido associada, durante muitos anos, à ideia de ser a província mais pobre do país, tendo assumido, nos anos 60, uma profunda e radical alteração na sua posição na nação e no mundo. Assim, com a “descoberta” do Algarve, esta isolada e distante província de Portugal conseguiu atrair até si os mais variados visitantes em busca de sol e praia, vendo-se catapultada para as atenções internacionais, como um destino turístico por excelência, local de paz e de alegria, de certa forma, um paraíso inexplorado dentro da Europa.
Mas o Algarve, apenas ficou associado às “férias de verão”, sendo que, para muitos, pouco mais podia oferecer, o que não corresponde, minimamente, à nossa realidade.
Na verdade, o Algarve é composto por muitas sub-regiões (Barlavento e Sotavento, litoral, barrocal e Serra), as quais possuem características muito díspares e um património edificado/material, por um lado e imaterial, por outro, extremamente rico (damos apenas alguns exemplos: duas Catedrais, uma classificada como Monumento Nacional; o Santuário da Mãe Soberana (expoente máximo das romarias algarvias), bem como diversos exemplares de Manuelino; diversas procissões, expressão da religiosidade popular dos algarvios, donde se destacam a de “Ramos” de Tavira, as do “Senhor Morto”, “Os Passos de Jesus”, as “Reais” ou “Das Flores”). Não poderemos esquecer que esta região foi, também, pátria dos Descobrimentos, nela se situando a Fortaleza de Sagres, com a sua Relíquia de São Vicente, local imemorial de peregrinação, de tal forma importante que Edrisis não conseguiu deixar de dar conta da importância de tal local na descrição que faz desta Província, então sob o domínio árabe, ou os diversos conventos e mosteiros que aqui existiram.
Seguros que os três S do turismo (Sand - areia, Sun - sol, and Sea - e mar) ainda são determinantes para a maioria dos visitantes, não poderemos esquecer que estes, cada vez mais, não se bastam com uma temporada exclusivamente na praia, procurando outras experiências, onde a descoberta do património e história, ganha dimensão. Por isso, sendo a Igreja Católica Algarvia a detentora (em regime de propriedade plena ou de usufruto) da maioria do património edificado nesta porção do território nacional e estando consciente de que este deverá estar acessível ao visitante, não poderia deixar de se assumir como um dos stakeholders no que ao Turismo diz respeito.
Também não pode deixar de relembrar que é sua obrigação saber dar testemunho da Fé e que o turismo é uma das possibilidades de anunciar Cristo ao mundo, dando a conhecer os modos como vivemos a fé em Jesus, Nosso Senhor, nem como ao longo do tempo fomos sedimentando as nossas tradições, construídas à sombra dos valores transmitidos pelo Evangelho.
Deste modo e dando particular enfase às recomendações da Carta da Villa Vigoni – sobre a conservação dos bens culturais eclesiásticos (1994), resultante do encontro promovido pelo Secretariado da Conferência Episcopal Alemã e pela Comissão Pontifícia para os Bens Culturais da Igreja, nomeadamente quando esta refere que “(…) [o]s bens culturais constituem expressão mais forte da tradição cristã vividas por inúmeras gerações de crentes (…)” e que “(…) [a] Igreja Católica, em particular, deve considerar os seus bens culturais como um recurso primário e instrumento importante da sua atividade pastoral na reenvegelização do mundo contemporâneo”, esta Diocese afirma, através da sua Pastoral do Turismo, a sua preocupação com estas temáticas e o seu desejo de colaborar na divulgação do património algarvio.
Projecto
Projecto
A Equipa que compõe a Pastoral do Turismo da Diocese do Algarve elaborou um projeto, que mereceu a aprovação de D. Manuel Neto Quintas, Bispo desta Diocese.
A proposta de trabalho e estratégias a implementar estão compiladas num documento base e está previsto que sejam executadas no triénio 2012-2014. Pode, também, ver uma apresentação/resumo do projeto.
Ver o cronograma do projecto.
A apresentação deste projeto terá lugar na Capela do Paço Episcopal, no dia 20 de janeiro de 2012, pelas 17h00.
Âncora
Brochura
Tendo percebido lacunas no que toca à informação relacionada com a vivência da religiosidade do povo algarvio, a Pastoral do Turismo da Diocese do Algarve propõe-se criar alguns instrumentos que possam ajudar quem visita esta região a encontrar dados que os ajudem a compreender este aspeto da vida da nossa comunidade e, também, caso assim o desejem, a poder viver a sua própria Fé, participando nos atos religiosos e demais eventos.
Deste modo, serão criadas quatro brochuras – uma por cada Vigararia -, que conterão as seguintes informações, relativas a cada uma das paróquias que as compõem:
- Identificação da Paróquia;
- Orago;
- Dados históricos;
- Horário das Missas principais;
- Celebrações em outras línguas;
- Localização (coordenadas GPS);
- Outros locais de interesse na Paróquia;
- Principais Festas (breve contextualização e horários).
Estas brochuras deverão ser colocadas em locais estratégicos, do ponto de vista turístico, nomeadamente em hotéis, postos de turismo e aeroporto, já que é ai que, naturalmente, quem nos visita procura informação sobre a região. Os dados recolhidos e compilados nestes documentos também estarão acessíveis neste portal.
Estas brochuras deverão ser concluídas e distribuídas durante o ano de 2012.
Itinerários
Estes Itinerários são um complemento das brochuas e cada Vigararia, pois permitirão disponibilizar uma informação mais específica e detalhada sobre cada assunto a que dizem respeito, já que, após uma análise de todos os dados relativos à religiosidade algarvia, se pode perceber que muitas Paróquias têm uma série de festas sobre as mesmas temáticas, celebram os mesmos Santos ou as mesmas datas.
Assim, os Itinerários que se proporão e que serão apresentados publicamente em 2013, compilarão informações que mostram essas semelhanças e revelarão algumas das muito particulares caraterísticas da religiosidade algarvia. Serão três:
Itinerário da Paixão e Triunfo - agregará todas as informações relacionadas com as Festas e tradições religiosas existentes nesta Diocese e próprias do tempo da Quaresma e Páscoa, como sejam: Passos do Senhor; Vias Sacras; Procissão de Ramos; Procissão do Triunfo; Procissão do Enterro; Procissão Real, das Flores, das Tochas Floridas.
Itinerário Mariano - agregará todas as informações relacionadas com as Festas e Tradições religiosas existentes nesta Diocese, referente à Virgem Santa Maria nas suas diversas invocações. Exemplos: Mãe Soberana; Nossa Senhora da Orada; Nossa Senhora dos Navegantes de Armação de Pêra; Senhora dos Mártires de Castro Marim; Senhora da Luz em Lagoa e na Vila da Luz; Nossa Senhora da Graça em Sagres.
Itinerário da Fé da Terra e do Mar - agregará todas as informações relacionadas com as Festas e Tradições religiosas existentes nesta Diocese, resultantes das manifestações públicas de Fé das gentes da Terra e do Mar Algarvio. Desta forma, pretender-se-á dar a conhecer as expressões de fé características do povo algarvio, quer seja da Serra, Barrocal ou Litoral e de que se dão os seguintes exemplos: Festas de São Luís (Salir, Querença e Alte); Festa de São Lourenço do Palmeiral; Festa de São Vicente na Vila do Bispo; Santas Cabeças de Aljezur.
Complementares
Padroeiro da Diocese
SÃO VICENTE
O Padroeiro da Diocese do Algarve é S. Vicente Mártir ou São Vicente de Saragoça, também conhecido por São Vicente de Fora (Lisboa).
Este Santo foi martirizado em Valência no início do século IV (crê-se que no ano de 304) durante as perseguições do Imperador romano Diocleciano contra os cristãos da Península Ibérica. O seu cruel martírio até à morte foi devido, segundo a tradição, à sua recusa em oferecer sacrifícios aos deuses do panteão romano.
É orago da Diocese do Algarve, como já se mencionou, bem como da Sé Patriarcal de Lisboa, onde se guardam algumas das suas relíquias.
Simbolicamente é representado por uma barca e um corvo, representação essa baseada na tradição que nos diz que, em 1173, as suas relíquias terão sido conduzidas numa barca desde o Cabo de S. Vicente, no Algarve, para Lisboa, a mando de D. Afonso Henriques e veladas, durante todo o trajeto, por dois corvos. Também aparece representado com uma palma (que simboliza o martírio) e o evangeliário, pois é um dos grandes missionários e transmissores da Palavra de Deus na Europa.
É comemorado a 22 de Janeiro pela Igreja Católica e a 11 de Novembro pela Igreja Ortodoxa.
Em Portugal é ainda o santo protetor e advogado das crianças.
Santos Algarvios
SÃO GONÇALO DE LAGOS
Santo Padroeiro de Lagos, S. Gonçalo terá nascido em 1360, segundo a tradição, numa casa situada junto das Portas do Mar, no local onde hoje se encontra o seu nicho e imagem. Ainda jovem vai estudar para Lisboa, onde decide entrar na Ordem dos Eremitas de S. Agostinho. Estudou teologia, tendo renunciado, por humildade, a doutorar-se nessa matéria. Dedicou-se à catequese e pregação, interessando-se sempre pelo bem-estar das populações e apoiando os pobres.
Em Lisboa ganhou fama de santo, pelo bem e pelos milagres que fez, quer em vida quer depois de morto. Foi prior em vários conventos da sua Ordem.
Morreu em Torres Vedras no dia 15 de Outubro de 1422. Em 1778 o Papa Pio VI autorizou o culto do “Bem-aventurado” ou Beato, a Frei Gonçalo de Lagos, com honras de Santo em Portugal. Lagos comemora, a 27 de Outubro, o seu feriado municipal, em honra deste seu ilustre filho e padroeiro.
(FONTES: Câmara Municipal de Lagos e Secretariado Nacional de Liturgia)
BEATO VICENTE DE ALBUFEIRA
Frei Vicente de Santo António (Albufeira, 1590 - Nagasaki, 1632), também conhecido como Beato Vicente de Albufeira, foi um missionário português da Ordem de Santo Agostinho, que exerceu a sua missão em vários países - Espanha, México e Filipinas - , acabando por ser martirizado no Japão, a 3 de Setembro de 1632.
Viveu em Albufeira até aos 12 anos, tendo ido estudar para Lisboa e aí experimentado as seduções da vida fácil lisboeta, como ele próprio confessa numa das suas Cartas do Japão.
Aluno brilhante e dotado de qualidades de chefe, tudo para ele era fácil. Filho de um médico, aprendeu como seu pai os rudimentos da medicina que lhe foram muito úteis ao serviço do povo humilde japonês que, em Nagazaqui, se dedicava às lides do mar.
Em Lisboa manifestou o desejo de ser sacerdote e missionário, sobretudo após a morte de sua mãe, quando tinha 26 anos de idade.
Foi missionário da Ordem dos Agostinhos e durante cerca de 10 anos exerceu o apostolado no meio de perigos e ciladas, pensando apenas no bem espiritual daqueles que tão longe haviam abraçado a fé em Jesus Cristo. As suas Cartas provenientes do Japão revelam a grandeza de alma deste homem e deste missionário filho de Albufeira. Desde então, esta cidade nunca mais deixou de lhe prestar culto no dia do aniversário do seu martírio a 3 de Setembro. Esse dia foi, durante alguns anos, considerado e vivido em Albufeira como verdadeiro Feriado Municipal.
(FONTES: Câmara Municipal de Albufeira)
BEATO VICENTE DE SANTO ANTÓNIO
Vicente de Santo António ( mais conhecido como São Vicente de Albufeira) , nasceu em 1590, na então Vila de Albufeira. Filho de António Simões, médico, e de D. Catarina Pereira, foi baptizado com o nome de Vicente Simões de Carvalho.
Os primeiros anos da sua vida passou-os em Albufeira. Aos catorze anos foi para Lisboa, onde seu pai exercia a medicina e aí frequentou a Universidade.
No meio de uma juventude alegre e folgazã, como ele próprio afirma numa das suas cartas do Japão, sentiu o chamamento de Deus. E em 1617 foi ordenado sacerdote em Lisboa, como padre secular.
Quatro anos depois outro apelo do Senhor o levou para o México como missionário. Entrou no Noviciado da Ordem dos Agostinhos Recoletos. Do México passou para as Filipinas . E na cidade de Manila, fez em 1622 a sua Profissão de Fé Solene, como Frade dessa Ordem.
No ano seguinte partiu com alguns sacerdotes agostinhos para o Japão, numa época em que os cristãos eram ferozmente perseguidos. Só com disfarces e às ocultas foi possível durante algum tempo exercer a sua missão, ora fazendo de mercador europeu ou de vendedor ambulante, vestido de japonês pobre ou rico conforme as circunstâncias. Pregava a Palavra, celebrava a Eucaristia para portugueses e japoneses cristãos, amparava religiosamente a comunidade cristã de Nagazaqui e outras dos arredores, sempre sujeito ao perigo de denúncia.
Ao fim de seis anos de apostolado foi denunciado e preso. Por cinco vezes sofreu os tormentos das águas sulfurosas da Lagoa de Unzen junto de Arrima, que descarnavam o corpo. Esse suplício era considerado um verdadeiro inferno, a que davam o nome de Inferno de Arrima . Em 1632, no dia 3 de Setembro, sofreu o martírio do fogo, sendo queimado vivo em Nagazaqui, por não querer renunciar à sua fé em Jesus Cristo.
Foi mais tarde beatificado pelo Papa Pio IX em 1867. Albufeira soube da sua existência em 1965. Nesse mesmo ano a Paróquia fez em sua memória um majestoso cortejo alegórico sobre a sua vida missionária. E dois anos depois um Congresso em sua honra. Por ocasião do IV Centenário do seu nascimento, Albufeira voltou a vestir as suas melhores galas para celebrar a memória da vida e obra missionária deste seu filho mais ilustre. No dia aniversário do seu martírio, 3 de Setembro, têm-se realizado anualmente solenes festividades em sua honra, com Missa na Igreja Matriz , Procissão com a sua imagem pelas ruas da cidade, tarde e noite de convívio com uma maravilhosa sessão de fogo de artifício e particularmente a evocação teatral de alguns momentos mais significativos da sua vida, feita pelos jovens e crianças da catequese num largo da cidade. Ultimamente essa festa está a ser celebrada no Domingo mais próximo do dia 3 de Setembro.
Durante os poucos anos que esteve no Japão a missionar, Vicente de Santo António escreveu várias Cartas de que se conhecem apenas catorze, e que foram publicadas em 1967 num livro intitulado “ Cartas do Japão – a alma dum Santo Revelada em suas cartas, com introdução, tradução e notas do Padre José Cabrita,” Cónego da Sé de Faro, as quais descrevem a sua actividade missionária e revelam a grandeza humana e cristã deste herói da missionação portuguesa no Oriente, no Século dezassete.
Presentemente está a decorrer o Processo da sua Canonização. E para alcançar essa graça a paróquia de Albufeira tem incrementado o seu culto, particularmente entre os seus conterrâneos. Pensa também reeditar as Cartas do Japão que são um valioso auxiliar para conhecer com mais profundidade este grande santo da Igreja do Algarve.
Entre outras acções que visam dar a conhecer ao mundo e aos próprios albufeirenses o Beato Vicente de Santo António, a Paróquia de Albufeira já levou ao Japão em 1996 quatro dezenas de peregrinos que puderam conviver com os cristãos de Nagazaqui, e aí apreciar os frutos da maravilhosa acção dos missionários, nesse que é actualmente o maior centro de cristandade no Japão.
No Museu paroquial de Arte Sacra em Albufeira, visitável em qualquer dia, estão expostos numa sala um conjunto de elementos relacionados com Beato Vicente, livros, fotografias, documentos, que também podem ajudar a conhecer melhor esta glória da Santa Igreja.
(Cónego José Rosa Simão, pároco de Albufeira)
Uniformização da Informação Paroquial
Para garantir uma melhor qualidade da informação a prestar aos visitantes, a Pastoral do Turismo da Diocese do Algarve está a preparar a criação de um suporte gráfico, a ser colocado nas Igrejas desta região e que permita uma uniformização dos dados a disponibilizar, bem como uma correta acessibilidade à mesma. Este suporte deverá ser colocado no exterior dos espaços religiosos, de modo a que todos os que a eles se dirijam possam ter conhecimento de horários de celebrações, de visitas e contatos úteis, sejam esses visitantes nacionais ou estrangeiros.
Deste modo, dá-se cumprimento a uma das “Orientações para a Pastoral do Turismo”, documento de 29 de Junho de 2001, da responsabilidade do Conselho Pontifício da Pastoral dos Migrantes e os Itinerantes, valorizando o acolhimento dos turistas.
Identidade
Imagem Gráfica
Para melhor identificação deste projeto e estabelecimento de uma associação imediata entre os produtos desenvolvidos e os destinatários, entendeu-se ser necessária a criação de uma imagem gráfica, que nos remete para a identidade gráfica da Diocese (já definida), bem como uma assinatura, em português e inglês.
Ao efetuar os estudos que nos conduziram ao layout final, foram ponderados os seguintes aspetos:
1. O Algarve é marcado:
- pela sua localização, dum ponto de vista de geografia física, ao sul da Península Ibérica, como porta para o Atlântico e para África;
- pela sua capacidade de acolher, dum ponto de vista de geografia humana, pessoas provenientes das mais distintas origens e condições sociais, económicas, etc.
2. Os motivos que nos levam a realizar viagens de turismo, como sejam: Lazer, Descanso, Paragem/tempo, Acolhimento, Encontro (com o outro e consigo próprio).
Esta última perspectiva do turismo (“Encontro”), desde logo referida por SS o Papa João Paulo II, parece-nos de facto, a mais cristã, pois se implica um momento introspectivo, implica também um disponibilidade para acolher o outro, logo respeito e tolerância.
Mas este encontro poderá ser mais profundo, indo à redescoberta, ou até mesmo descoberta, de Deus. Daí que o turismo seja, também, caminho de Evangelização, conforme refere o Concelho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, na sua Mensagem para o Dia Mundial do Turismo de 2011: “ Não nos podemos conformar com conceder visitas turísticas como uma simples pré–evangelização, mas deve funcionar de plataforma para realizar o anúncio claro e explícito de Jesus Cristo” (in: http://www.zenit.org/article-28398?l=portugues).
Assim, pensámos que o “Encontro” e em particular “O Encontro com Deus”, deveria ser a tónica do trabalho de construção de toda a identidade visual do projeto, tendo ficado definida a assinatura como:
Algarve, Encontro com Deus
ALGARVE, TOGHETER WITH GOD
O logótipo veicula, precisamente, a ideia de ligação entre pessoas e não apenas a ideia do encontro com Deus. As pessoas são o rosto de Deus nesta missão de acolher, de descobrir e de fazer conhecer o que de melhor temos e somos. Essas dimensões do que temos e somos, também presentes na identidade visual da Diocese, são visíveis no logótipo da pastoral do Turismo nos seguintes aspetos:
AR (presente na cor azul clara) – límpido e puro, cristalino, remete-nos igualmente para a pureza de Deus e para a perfeição da criação;
SOL (presente na cor amarela) – quente e acolhedor, presente quase sempre, ao longo do ano, confere-nos uma luz própria, que reconforta e acolhe, como Deus Criador;
MAR (presente na cor azul forte) – profundo, fonte de subsistência e de encantamento, imenso como o Amor do Pai;
TERRA (presente na cor verde) – Verde, rica, permite-nos contrapor a frescura ao calor e encontrar a serenidade no evoluir das estações, das tarefas próprias de cada uma delas e no ciclo da terra, tal como se encontra a serenidade na Sabedoria de Deus.
A ideia de encontro - encontro com Deus, encontro entre de todos os que acolhem e são acolhidos e encontro com aquilo que somos e temos - é expresso simbolicamente pela Cruz, que abraça todo o território e que, simultaneamente, nos permite a associação à palavra Turismo (T).